Pelo menos 78 pessoas morreram afogadas após o naufrágio de um barco de migrantes na península do Peloponeso, no sudoeste da Grécia.
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As autoridades gregas afirmaram desconhecer o número de pessoas que seguia a bordo da embarcação, que terá partido de uma zona próxima de Tobruk, no leste da Líbia, com destino a Itália, quando naufragou 47 milhas náuticas (cerca de 87 quilómetros) a sudoeste da região do Peloponeso, no sul da Grécia.
Foram resgatadas 104 pessoas com vida, indicou a guarda costeira grega num comunicado. Os sobreviventes foram transportados de barco para o porto de Kalamata, no sul do Peloponeso. Quatro migrantes foram transportados de helicóptero para o hospital.
A Guarda Costeira grega disse que quando o barco se afundou, nenhuma das pessoas a bordo, cuja nacionalidade ainda não foi especificada, estava equipada com coletes salva-vidas.
O barco foi avistado pela primeira vez na tarde de terça-feira por um avião da Agência Europeia de Vigilância de Fronteiras (Frontex), mas os migrantes a bordo "recusaram qualquer ajuda", segundo um comunicado anterior das autoridades portuárias gregas.
Além dos barcos de patrulha da polícia portuária, participaram nesta operação de resgate uma fragata da marinha grega, um avião e um helicóptero da aeronáutica, bem como seis navios que estavam na região.
De acordo com informações iniciais das autoridades, o barco dos migrantes partiu da Líbia em direção à Itália.
Nas fronteiras externas da União Europeia (UE) no Mediterrâneo, a Grécia é uma passagem habitual para os migrantes que procuram chegar à Europa.
Muitos naufrágios, muitas vezes mortais, ocorrem no Mar Egeu.
A Grécia é regularmente acusada por organizações não-governamentais (ONG) e meios de comunicação de expulsar do seu território migrantes que buscam asilo na UE.
Além desta passagem, estas pessoas também tentam chegar a Itália atravessando o Mediterrâneo no sul do Peloponeso ou na ilha de Creta.
Na quarta-feira, um veleiro com 80 migrantes a bordo, que navegava ao largo de Creta, passou por dificuldades e foi rebocado por barcos de patrulha da guarda costeira grega para o porto cretense de Kaloi Limenes, segundo a polícia portuária grega.