O iate do multimilionário britânico da tecnologia Mike Lynch, que morreu em agosto no naufrágio da embarcação em Itália com outras seis pessoas, não estava projetado para resistir aos ventos do dia do desastre, de acordo com um relatório publicado esta quinta-feira.
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O iate Bayesian, de 56 metros, afundou numa questão de minutos na noite de 19 de agosto de 2024, em frente à costa da Sicília, depois do que foi descrito como um pequeno tornado.
Quinze pessoas foram resgatadas, mas outras sete morreram. Quatro das vítimas eram britânicas, entre elas o empresário Mike Lynch, de 59 anos, apelidado de "Bill Gates britânico", e a sua filha Hannah, de 18.
As primeiras análises realizadas "mostram que o Bayesian poderia ser vulnerável a ventos fortes", conclui um relatório preliminar publicado nesta quinta-feira pelo MAIB (Marine Accident Investigation Branch, em inglês), o órgão britânico encarregado de analisar os acidentes marítimos graves.
O MAIB não conseguiu inspecionar a embarcação, cujos destroços continuam a 50 metros de profundidade, mas reviu as características técnicas do veleiro e as condições meteorológicas na noite do naufrágio.
As "vulnerabilidades" do barco não eram conhecidas pela tripulação ou o proprietário, pois não estavam mencionadas no documento de informação sobre a estabilidade do navio. "Uma vez que o iate se inclinou para além de um ângulo de 70 graus, a situação ficou irrecuperável", declarou Andrew Moll, diretor do MAIB.
Segundo os dados meteorológicos, o vento chegou a alcançar mais de 70 nós (130 quilómetros por hora), fazendo com que o navio virasse para estibordo, antes de ser inundado e afundar.