O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, desvalorizou este domingo a onda de críticas à decisão do seu Governo de expandir a guerra em Gaza, assegurando que o país estava preparado para lutar sem o apoio de ninguém.
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"Venceremos a guerra, com ou sem o apoio de terceiros", garantiu, numa conferência de imprensa em Jerusalém, na qual voltou a dizer que o plano de Israel não é o de ocupar Gaza.
"O nosso objetivo não é ocupar Gaza, mas estabelecer uma administração civil na Faixa de Gaza que não seja afiliada ao Hamas ou à Autoridade Palestiniana", referiu.
Netanyahu disse ainda que Israel vai lançar, "muito em breve", uma ofensiva contra a cidade de Gaza e os campos de refugiados que considera bastiões do Hamas. A estratégia, defendeu, é a "melhor forma de pôr fim à guerra" que se prolonga há 22 meses em território palestiniano.
"Concluímos grande parte do trabalho hoje. Temos cerca de 70% a 75% de Gaza sob controlo militar israelita", disse o primeiro-ministro de Israel. Em falta estão, referiu, dois bastiões do grupo islamita do Hamas na Faixa de Gaza, nomeadamente a cidade de Gaza e os campos de refugiados no centro e sul do enclave (conhecidos como a zona de Mawasi). "Não temos outra opção para terminar o trabalho", apontou.
O pré-requisito para o lançamento da ofensiva é, segundo Benjamin Netanyahu, a criação de "zonas de segurança", cujas localizações não especificou, para as quais a população será deslocada e nas quais Israel garante que receberão "comida, água e assistência médica".