A antiga professora Kathleen Corradi, recém-eleita "czar dos ratos" em Nova Iorque, promete acabar com o inimigo "astuto e voraz" da cidade. "Vão ver-me muito mais a mim e muito menos aos ratos", garantiu.
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É especialista em limpeza urbana e promete ser uma espécie de... exterminadora implacável de ratos. Kathleen Corradi vai ocupar um cargo especial recém-criado pelas autoridades de Nova Iorque, focadas em reduzir o número de roedores que passeiam pela cidade. Uma tarefa que surge, no fundo, da aversão que o autarca local, Eric Adams, sente por estes animais.
Há pelo menos quatro milhões de ratos a deslocarem-se, diariamente, no metro, nos parques, nas traseiras dos restaurantes, nas caves dos prédios e nos armazéns das lojas nova-iorquinas. São criaturas tão omnipresentes que, após várias tentativas de eliminação, Adams optou mesmo por nomear uma espécie de "czar dos ratos". E Kathleen promete não ser branda. "Os ratos e as condições que contribuem para a sua proliferação não vão ser tolerados", prometeu, em comunicado, declarando guerra às calçadas sujas e às tocas cavadas "descaradamente" nos prédios em construção. "Vão ver-me muito mais a mim e muito menos aos ratos", garantiu.
Segundo avança o "The New York Times", o salário anual desta nova responsável municipal deverá rondar os 140 mil euros. Os requisitos eram longos, mas Eric Adams está convicto de ter encontrado a pessoa certa para lutar contra um inimigo "astuto e voraz". "É um trabalho quase feito para ela", referiu. A antiga professora não é estreante na matéria. Corradi já tinha supervisionado os esforços de mitigação dos ratos nas escolas públicas da cidade.
Agora, vai coordenar uma espécie de exército de especialistas em ratos. Um deles é biólogo e está a instalar sensores de movimento nas ruas de Nova Iorque, de forma a perceber o comportamento dos animais. Uma estratégia importante passa por acelerar a recolha de lixo, evitando que os resíduos alimentares fiquem muito tempo nos passeios.
O novo cargo surge depois de, em 2022, o número de avistamentos de ratos ter duplicado, em parte devido a cortes no saneamento aplicados durante a pandemia.