Um grupo de peritos do instituto Helmoltz de Oceanologia de Kiel, Alemanha, pretende realizar buscas ao avião da Malaysia Airlines desaparecido com um minissubmarino não tripulado e espera que esta missão se inicie assim que se encontrem os primeiros vestígios da aeronave. Novas imagens de satélite da França mostram objetos flutuantes na principal área de buscas.
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Segundo a edição da próxima semana na revista "Der Spiegel", citada pela agência Efe, o 2Abyss "é um dos três submarinos no mundo com condições para realizar buscas a partir de 3000 metros de profundidade".
Os cientistas de Kiel querem colaborar com o instituto norte-americano Woods-Hole que tem os dois submarinos capazes dessa tarefa.
"Já temos um acordo com os colegas norte-americanos para atuarmos conjuntamente", indicou à "Der Spiegel" o diretor do Instituto Helmholtz, Peter Herzing.
Uma operação foi lançada, este domingo, nos oceanos Índico e Austral para encontrar o avião da Malaysia Airlines, desaparecido há duas semanas.
Objetos que podem estar ligados ao avião foram detetados por satélites, na semana que passou, entre a ponta sudoeste da Austrália e a Antártida e alguns deles foram avistados no sábado por uma aeronave civil.
Um comunicado do ministério dos Transportes da Malásia informou, este domingo, que recebeu novas imagens de satélite da França que mostram objetos flutuantes na principal área de pesquisa do avião desaparecido.
Trata-se de objetos que estão próximos uns dos outros na área de pesquisa australiano, que se estende por uns 36 mil quilómetros quadrados num dos pontos mais inóspitos do planeta, segundo o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott.
"Ainda é cedo para estarmos certos, mas temos sinais muito credíveis e uma esperança crescente de que estamos perto de saber o que aconteceu com o avião", indicou.
As autoridades australianas afirmaram que os objetos a flutuar captados por um satélite francês se localizam fora da zona de buscas, mas admitiu "agarrar-se" a qualquer nova informação.
O vice-primeiro-ministro australiano, Warren Truss, afirmou que os mais recentes avistamentos de detritos ocorreram a 850 quilómetros a norte da zona onde aviões e navios têm realizado buscas desde quinta-feira.
"Certamente a área onde os resíduos foram avistados pelos satélites é de particular interesse e são o foco de muitas das buscas", explicou à rádio ABC, acrescentando: "O avistamento francês é, parece-me, uma informação nova porque trata-se de uma localização completamente diferente. Fica a cerca de 850 quilómetros a norte da atual área de pesquisa. Portanto, também temos de verificar isso", disse.