Um novo estudo, realizado por uma equipa da Universidade de Medicina de Lodz, na Polónia, e da Escola Universitária de Medicina Johns Hopkins, dos EUA, indica que dar quatro mil passos por dia é suficiente para manter um estilo de vida saudável, reduzindo o risco de morte prematura.
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Esta pode ser uma boa notícia para quem não gosta muito de caminhar. A ciência vinha a indicar, nos últimos anos, que dar dez mil passos por dia seria o ideal para preservar a saúde e evitar doenças cardiovasculares. Contudo, um novo estudo, publicado no "European Journal of Preventive Cardiology", conclui que quatro mil passos diários (cerca de três quilómetros) são suficientes para garantir um modo de vida saudável.
Apesar das novas conclusões, segundo as quais os quatro mil passos diários podem travar a morte prematura associada a doenças do coração, os investigadores frisam que mais movimento é sempre benéfico para o corpo e para a mente. Segundo os cientistas, o risco de mortalidade diminui progressivamente à medida que as pessoas caminham mais.
A equipa, que reúne especialistas polacos e norte-americanos, descobriu ainda que os benefícios da caminhada aplicam-se a todos os géneros e idades, independentemente da área geográfica à qual cada indivíduo pertence. Ainda assim, os menores de 60 anos são os mais beneficiados pela prática desportiva.
Adultos com mais de 60 anos, mostra o estudo, que envolveu 226 mil pessoas, tiveram uma quebra de 42% no risco de mortalidade quando caminharam entre seis e dez mil passos por dia. Pessoas com idade inferior tiveram uma redução de aproximadamente 49% do risco quando andaram entre sete e treze mil passos diários.
“Acredito que devemos enfatizar que as mudanças no estilo de vida, incluindo a dieta e o exercício físico, podem ser tão ou mais eficazes na redução do risco cardiovascular e no prolongamento da vida”, do que os medicamentos, explicou o professor Maciej Banach, um dos autores do estudo, em declarações à BBC.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a atividade física insuficiente é responsável por 3,2 milhões de óbitos a cada ano, o que representa a quarta causa de morte mais frequente no Mundo.