A Adif, empresa que gere as infraestruturas ferroviárias em Espanha, apresentou em tribunal cerca de 300 páginas relacionadas com a análise de risco na linha em que um comboio Alvia descarrilou, em julho de 2013, causando 80 mortos e mais de 100 feridos.
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Após a reabertura do inquérito judicial ordenada pelo Tribunal Provincial de La Corunha para esclarecer, entre outros assuntos, se a Adif avaliou corretamente o perigo da curva "A Grandeira", a administradora da infraestrutura ferroviária acrescenta ao processo documentos onde aborda o exame dos riscos do local e mudanças significativas na velocidade.
Esta nova informação, divulgada esta segunda-feira pelo jornal El Mundo, chega a tribunal apenas dois dias antes do testemunho programado de dois peritos: um representante da seguradora QBE da Renfe, e um professor encarregado de preparar um outro estudo para um dos especialistas legais.
Fontes da Adif, citadas pelo diário espanhol, estes documentos "não foram ocultados", mas não terão sido pedidos "de forma exclusiva" no momento da investigação, porque não foram considerados relevantes.
As mesmas fontes explicam que esta informação foi solicitada pelos peritos responsáveis pelo desenvolvimento do novo estudo na sequência da reabertura do inquérito, em maio passado.