O número de jornalistas presos globalmente no decorrer do seu trabalho atingiu um novo recorde em 2020. Este é o número mais alto desde que há registo e cerca de 20% dos profissionais foram detidos sem acusação.
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De acordo com o Comité para a Proteção de Jornalistas, 274 jornalistas foram presos na sequência do seu trabalho de cobertura de notícias de distúrbios civis e da pandemia de coronavírus. Em 2019, no período homólogo, estavam presos 250 profissionais.
A maioria das detenções foram feita na China (47), na Turquia (37), no Egito (27) e na Arábia Saudita (24) impulsionadas por protestos e tensões políticas.
O relatório aponta culpas a Donald Trump, presidente cessante dos Estados Unidos, que tem, nos últimos anos, dado força a teorias sobre "fake news", encorajando regimes autoritários a reprimir o jornalismo nos seus próprios países.
Os números mostram que, em 2020, 34 jornalistas foram presos por disseminar "notícias falsas". Dois deles morreram com covid-19, sob custódia da polícia.
Do total, 67% foram presos por crimes como terrorismo e 19% foram detidos sem acusação.