O Ministério da Saúde do Governo da Faixa de Gaza elevou este sábado o número de mortes para 38.919 vítimas no território palestiniano desde o início da guerra com Israel, agora no seu décimo mês.
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Pelo menos 71 pessoas foram mortas nas últimas 48 horas, indicou o ministério do Governo do Hamas em comunicado, acrescentando que 89.622 pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza desde o início da guerra, a 7 de outubro.
A guerra em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes de comandos do Hamas infiltrados no sul de Israel a partir de Gaza, que causou cerca de 1200 mortos.
Das 251 pessoas raptadas na altura, 116 continuam detidas em Gaza, 42 das quais mortas, segundo o exército israelita.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva no território palestiniano, atingindo alvos civis, apesar da forte condenação internacional.
O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, é considerado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
Ataque aéreo israelita matou 13 refugiados
Pelo menos 13 pessoas foram mortas em três ataques aéreos israelitas que atingiram campos de refugiados no centro de Gaza durante a madrugada de hoje, segundo as autoridades de saúde palestinianas.
Este ataque ocorreu enquanto as negociações de cessar-fogo no Cairo, capital do Egito, parecem progredir.
Entre os mortos no Campo de Refugiados de Nuseirat e no Campo de Refugiados de Bureij estavam três crianças e uma mulher, de acordo com as equipas de ambulâncias palestinianas que transportaram os corpos para o hospital vizinho dos Mártires de Al-Aqsa, refere a agência Associated Press (AP).
As últimas vítimas seguem-se a um "raro momento" de esperança na guerra que assolou Gaza, depois de uma equipa médica ter recuperado um bebé vivo de uma mãe palestiniana grávida, morta num ataque aéreo que atingiu a sua casa em Nuseirat, na noite de quinta-feira.
A grávida Ola al-Kurd, de 25 anos, foi morta junto com outras seis pessoas na explosão, mas foi rapidamente levada pelas equipes de emergência para o Hospital Al-Awda, no norte de Gaza, na esperança de salvar o feto.
Horas depois, os médicos disseram à Associated Press que um menino tinha nascido.
O recém-nascido, ainda sem nome, está estável, mas sofreu com a falta de oxigénio, tendo sido colocado numa incubadora, disse o médico Khalil Dajran.
O pai do menino foi ferido no mesmo ataque, mas sobreviveu.