O presidente eleito de França, Emmanuel Macron, prometeu "não ceder ao medo" nem "à divisão", ao discursar na Esplanada do Louvre, em Paris, perante milhares de apoiantes reunidos para celebrar a vitória.
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Emmanuel Macron venceu as eleições com 66,10% dos votos na segunda volta das presidenciais francesas, contra 33,90% para a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen.
"Esta noite, a Europa, o mundo, olham-nos. Esperam que defendamos em todo o lado o espírito das Luzes", disse Macron, ao lado da mulher, Brigitte, ovacionado por milhares de pessoas.
"Temos a força e a energia. Não vamos ceder ao medo, à divisão, às mentiras, ao amor pelo declínio e pela derrota. Sei que o devo a vós, aos meus companheiros, à minha família e aos meus amigos", afirmou.
O Presidente eleito frisou que França enfrenta a "imensa tarefa" de reconstruir a unidade europeia, de reparar a economia e de garantir a segurança.
Uma tarefa que "começa amanhã" e "exige o empenho de todos" e "a coragem da verdade", disse Macron, de 39 anos, o mais jovem presidente francês de sempre.
Pediu, para isso, uma renovação do apoio que lhe foi dado para as legislativas de 18 de junho, para "construir uma maioria verdadeira, forte, uma maioria de mudança a que o país aspira".
Para Macron, a vitória do movimento político que criou há um ano, o "En Marche!", "não tem precedente nem equivalente": "Todos diziam que era impossível, porque não conhecem França!", disse.
"Obrigado, obrigado, obrigado!", disse ao subir ao palco, ao som do hino da União Europeia, o "Hino à Alegria".
"Obrigado aos que votaram em mim sem partilhar das nossas ideias, sei que não é um cheque em branco", disse, dirigindo-se aos eleitores que votaram Macron para impedir uma vitória da candidata da extrema-direita, Marine Le Pen.
O resultado, inferior aos das projeções à boca das urnas, foram apurados depois do escrutínio dos votos das zonas rurais e localidades mais pequenas, onde Marine Le Pen (extrema-direita) teve mais apoio na primeira volta.