O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou, esta quarta-feira, um reforço da presença militar norte-americana no leste da Europa, sublinhando o compromisso de Washington com a segurança desses países perante "a agressão" da Rússia à Ucrânia.
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De visita oficial a Tallin, Obama anunciou o envio para a base aérea estoniana de Amaria de novos aviões militares para patrulharem o espaço aéreo dos aliados da NATO que fazem fronteira com a Rússia.
"Somos fiéis ao artigo V (do Tratado do Atlântico Norte) sobre defesa coletiva. A Estónia nunca estará sozinha", disse Obama.
O presidente norte-americano falava à imprensa juntamente com o homólogo da Estónia, Toomas Ilves, que pediu uma presença permanente da NATO no seu país.
Obama reúne-se, esta tarde, com os presidentes dos três países bálticos: além de Ilves, Dalia Grybauskaite, da Lituânia, e Andris Berzins, da Letónia.
O presidente norte-americano referiu-se ao acordo de cessar-fogo anunciado pela Ucrânia como "uma oportunidade", mas sublinhou que ele tem ainda de ser confirmado.
Obama instou a Rússia a deixar de "financiar, armar e treinar" os separatistas pró-russos do leste ucraniano, frisando que "não pode haver uma solução política se a Rússia continuar a enviar tanques e instrutores para a Ucrânia".
"O que vemos é agressão e exaltação de ânimos nacionalistas (...) que demonstraram historicamente serem muito perigosos na Europa", disse.
Obama referiu ainda que a estratégia ocidental de pressionar Moscovo através de sanções "teve um efeito real na Rússia", com a contração da economia e a fuga de capitais.