O presidente norte-americano apelou esta quinta-feira à calma e instou à contenção das forças da ordem, depois da violência registada na cidade de Ferguson, no Missouri, onde um polícia branco abateu a tiro um jovem negro desarmado.
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Defendendo que a polícia tem "a responsabilidade de ser transparente" quanto ao que se passou exatamente na noite do dia 9 de agosto, Obama também advertiu contra "o uso excessivo da força em manifestações pacíficas" pelas forças da ordem, que têm feito numerosas detenções - inclusive de jornalistas - e recorrido a gás lacrimogéneo para dispersar protestos pela morte do jovem.
O chefe de Estado norte-americano sublinhou igualmente que não há "qualquer justificação" para a violência contra polícias por parte dos manifestantes.
Situada no centro dos Estados Unidos, Ferguson tem sido, desde domingo, 10 de agosto, palco de violentos distúrbios, com pilhagem de lojas e disparos de armas de fogo, em protesto pelo facto de o jovem Michael Brown, de 18 anos, ter sido morto no sábado, com vários tiros, por um agente da polícia cuja identidade não foi divulgada.
Testemunhas do incidente de sábado disseram à imprensa local que Brown e um amigo caminhavam pelo meio de uma rua quando a polícia os mandou parar. Segundo essas testemunhas, o jovem pôs os braços no ar para mostrar que não estava armado, antes de ser alvejado com vários tiros.
A versão preliminar das autoridades é a de que houve uma luta, durante a qual Brown empurrou o agente da polícia e tentou tirar-lhe a arma, o que fez o polícia disparar.
O incidente está a ser investigado pelo FBI, a pedido de grupos de defesa dos direitos civis.