O presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou esta segunda-feira que "não há desculpa" para "excessos" policiais nem para "vandalismo" em Ferguson (Missouri) e anunciou que o procurador-geral, Eric Holder, seguirá na quarta-feira para a cidade.
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Ferguson tem sido palco de violência desde que, há mais de uma semana, um polícia matou a tiro um jovem negro desarmado. Holder vai acompanhar as investigações em torno do caso.
"Não há desculpas para o uso excessivo da força pela polícia (...) Os protestos são na maioria pacíficos, mas alguns não são", indicou.
Os distúrbios e confrontos com a polícia após a morte de Michael Brown, de 18 anos, levaram ao envio da Guarda Nacional para controlar a situação.
O presidente disse que o recurso à Guarda Nacional deve ser "limitado".
"Nos próximos dias, estarei atento para ver se será uma ajuda e não uma agravante da situação em Ferguson", advertiu.
Obama também avisou os manifestantes que têm recorrido à violência e afirmou que saquear lojas ou atacar a polícia "só contribui para aumentar a tensão", o que prejudica a justiça.
O presidente disse que se mantém "prudente" na abordagem deste assunto enquanto decorrer a investigação, mas referiu-se às desigualdades raciais nos Estados Unidos, considerando que ainda falta percorrer um longo caminho com comunidades "que se encontram muitas vezes isoladas, sem esperança e sem perspetivas económicas".
"Fizemos progressos extraordinários, mas não fizemos progressos suficientes", afirmou Obama que se deslocou por dois dias a Washington, no meio de duas semanas de férias no Massachusetts.