O presidente dos Estados Unidos pediu, este sábado, ao Congresso para aprovar o adiamento dos aumentos de impostos da classe média e das pequenas empresas, para ajudar a impulsionar a economia e evitar o "precipício fiscal".
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Na mensagem radiofónica semanal, a primeira desde que foi reeleito na terça-feira, Barack Obama exortou o Congresso a unir forças para ajudar a criar empregos e fortalecer a economia.
"Num momento em que a nossa economia ainda está a recuperar da Grande Recessão, a nossa prioridade principal tem que ser o emprego e o fortalecimento da economia", disse.
Por isso, afirmou, convidou os líderes dos dois partidos para se deslocarem à Casa Branca na próxima semana para chegar a um acordo em matéria económica.
Obama sublinhou que o seu plano tenta recompensar as empresas que criem emprego nos Estados Unidos, investir em infraestruturas, inovação e energias limpas, ao mesmo tempo que tenta reduzir o défice de forma "equilibrada" e "responsável".
O plano de Obama tenta evitar o denominado "precipício fiscal", uma combinação de ajustamentos automáticos no orçamento com o fim de isenções obrigatórias do governo de George W. Bush que se produzirá a partir de janeiro se republicanos e democratas não chegarem a um acordo.
O presidente mostrou-se disposto a cortar gastos mas também a compensar com impostos aos rendimentos mais altos para poder investir em educação, na capacitação laboral e na indústria, "ingredientes de uma classe média forte e de uma economia forte".
Obama afirmou que está aberto a "novas ideias" e disposto "a fazer concessões" para reduzir o défice mas advertiu que recusará qualquer abordagem que não seja equilibrada.
"Não vou pedir aos estudantes nem à terceira idade nem às famílias da classe média para se encarregarem de reduzir o défice enquanto à gente que ganha mais de 250 mil dólares não peço para pagarem nem um centavo mais", adiantou.