O presidente norte-americano, Barack Obama, procurou, esta quinta-feira, no Senegal, acalmar a tensão existente sobre o futuro de Edward Snowden, que continua refugiado num aeroporto de Moscovo e que a Rússia recusa enviar para os EUA.
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Embora o caso deste ex-consultor informático da Agência de Segurança Nacional Americana (NSA) - autor de revelações demolidoras sobre a vigilância americana das comunicações nos EUA e no estrangeiro - tenha tornado mais tensas as relações entre Washignton, de um lado, e Moscovo e Pequim, do outro, Obama procurou desdramatizar a situação.
Ao afirmar não ter contactado os seus homólogos russo e chinês sobre este caso, sublinhou que não tem a intenção de "fazer intrigas e discutir" com a Rússia e com a China.
"Não vou enviar aviões para capturar um pirata informática de 29 anos", afirmou durante uma visita a Dakar, cometendo um pequeno erro quanto à idade de Snowden, que fez 30 anos na semana passada.
Os EUA não deixaram de reclamar a prisão e a expulsão de Edward Snowden desde que chegou a Moscovo no domingo oriundo de Hong Kong - de acordo com a versão oficial russa - e ameaçaram a Rússia e a China de repercussões nas relações com Washington.
"Até ao presente, Moscovo não recebeu qualquer pedido oficial (de extradição) dos EUA. Houve contactos a nível não-oficial, atavés dos canais diplomáticos, para pedir a detenção e expulsão do jovem americano", revelou uma fonte russa próxima do dossié.