Oito pessoas morreram num bombardeamento de drone contra uma maternidade na cidade de Al-Fashir, no Sudão, anunciou uma fonte médica, que atribui o ataque ao grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).
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Al-Fashir é a última grande cidade da vasta região do Darfur, no oeste do Sudão, que ainda escapa ao controlo total das RSF, em guerra com o exército desde abril de 2023.
O ataque, ocorrido na terça-feira, também fez sete feridos no hospital de Al-Fashir e "danificou edifícios e equipamentos", indicou a fonte médica, que falou sob anonimato por razões de segurança, noticia a agência de notícias France-Presse (AFP).
Este hospital é um dos últimos estabelecimentos de saúde ainda funcionais na cidade, contra a qual as RSF intensificaram, desde agosto, os disparos de artilharia e ataques de drones com o objetivo de a conquistar.
Nas últimas semanas, as RSF têm assumido o controlo de cada vez mais setores de Al-Fashir.
A guerra, iniciada em 15 de abril de 2023, já matou dezenas de milhares de pessoas e deslocou mais de 14 milhões, dentro e fora das fronteiras. O conflito mergulhou o terceiro maior país de África na "pior crise humanitária do mundo", segundo a ONU.
Todas as tentativas de diálogo fracassaram até agora. A ONU apelou na quinta-feira à comunidade internacional para agir de urgência para evitar ataques a Al-Fashir. Em meados de setembro, um ataque de drone atribuído a paramilitares causou 75 mortos numa mesquita da cidade.