A Organização Mundial da Saúde disse que o número de novos casos de coronavírus diminuiu nos últimos dois dias, admitindo que, embora a redução represente uma boa notícia, é preciso aguardar mais algum tempo para ver se a tendência se mantém.
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Na quarta-feira passada, 5 de fevereiro, houve cerca de 3900 novos casos de infeção por coronavírus no mundo todo, menos do que no dia anteiror. Na quinta-feira, o número voltou a baixar para 3700. Foi a primeira diminuição de casos em dois dias seguidos desde o início do surto, no final de dezembro, na cidade chinesa de Wuhan. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, acautela que, apesar de se ter registado uma tendência decrescente, o balanço pode voltar a subir, e, por isso, o mais sensato é esperar.
Além do número de casos, a mortalidade, cujo risco é de 2%, também diminuiu, pela primeira vez desde 23 de janeiro, quando a cifra de afetados começou a escalar. Até agora, o pico do surto aconteceu a 25 de janeiro, com a taxa de mortalidade a saldar-se nos 3,11% (1320 casos e 41 mortos). A partir daí, diminuiu para 1,99%.
De acordo com o mais recente balanço da OMS, feito na quinta-feira à noite, o surto do novo coronavírus provocou mais de 28 mil infetados e 564 mortos, números que já hoje as autoridades chinesas atualizaram para 31 mil e 637, respetivamente.
John Edmunds, investigador britânico na área das doenças infeciosas, ressalva ainda que podemos não estar perante um declínio real mas simplesmente perante uma dificuldade em registar casos. Nesta linha, Ghebreyesus, chefe máximo da OMS, acrescentou que nem todos os países responderam ao pedido da OMS de enviar informação detalhada sobre o comportamento do surto no respetivo território. "Há alguns países que ainda não enviaram relatórios detalhados à OMS", disse, voltando a insistir na necessidade de tomar conhecimento acerca dessa informação "imediatamente".
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