OMS propõe acordo pandémico para preparar o Mundo para futuras emergências globais
A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentou e recomendou, à comunidade internacional, a criação de um acordo pandémico que, de acordo com o diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, seria o ponto de partida de um sistema mundial bem preparado para os obstáculos do futuro.
Corpo do artigo
De acordo com o "El Mundo", o líder da OMS relembrou os esforços feitos pelas comunidades internacionais para combater a pandemia da covid-19 e recordou ainda os danos causados pela mesma, quer na sociedade, quer nos cidadãos, a nível individual.
Esta proposta de acordo advém da necessidade de tentar, em conjunto, melhorar os sistemas de saúde e a organização internacional em si, para que haja uma maior preparação para eventuais problemas.
Durante a assembleia anual da OMS (Organização Mundial de Saúde), Tedros afirmou que não se pode "continuar a agir como se fazia antes", ou seja, é necessário criar estratégias prévias para que haja uma resposta mais eficaz.
#WHA76 Strategic Roundtable: The World Together - Member States-led process to strengthen pandemic prevention, preparedness and response https://t.co/0gU7f9zVCW
- Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) May 22, 2023
"O processo ainda está em fase inicial, mas o objetivo é que o acordo seja alcançado a tempo da próxima Assembleia Mundial da Saúde, em maio de 2024", revela a agência de notícias France-Presse (AFP).
Caso seja aprovado, esta será apenas a segunda vez que é assinado um "tratado de saúde juridicamente vinculativo, desde a criação da OMS, há 75 anos", acrescenta a AFP - a primeira foi a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, adotada há 20 anos.
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, afirmou que espera que "as negociações atuais sobre prevenção, preparação e resposta a pandemias resultem numa forte abordagem multilateral que salve vidas".
A OMS declarou, no início de maio, que a covid-19 já não é uma emergência global, porém, a mesma relembra que a doença "ainda permanece connosco, ainda mata e ainda exige a nossa atenção".
16299671