O furacão Irma chegou, no fim de semana, à Florida e às Bahamas e sugou enormes quantidades de água junto à costa. O que até ao dia anterior estava coberto por água, ficou seco e deixou os habitantes surpreendidos.
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Das Bahamas até Tampa Bay, os ventos fortes do Irma criaram longas planícies secas junto à costa, onde antes havia água em abundância. O estranho fenómeno surpreendeu os habitantes daquelas localidades, que, nas redes sociais, partilharam imagens da seca repentina.
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Apesar da natureza mágica do fenómeno, há explicação plausível para o que aconteceu. Os ventos que chegaram à parte norte da tempestade vieram de oeste. Esses ventos são responsáveis por retirar a água de zonas como Tampa Bay para partes mais profundas do Golfo do México.
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"Basicamente, o furacão Irma é tão forte e sua pressão tão baixa que está absorvendo a água dos arredores e enviando-a ao centro da tempestade", disse a meteorologista Angela Fritz, ao The Washington Post.
Juntamente com o vento, a pressão baixa que se regista no centro do furacão desempenha um importante papel nas variações do nível de água.
Assim que o furacão se mova para norte, os ventos mudarão de direção e a água volta aos níveis anteriores. O regresso da água a estas zonas poderá criar estragos e as autoridades têm lançado alertas para que as pessoas se afastem das zonas secas, já que, a qualquer momento, a água poderá regressar com ondas superiores a três metros.
O furacão Irma é o mais potente registado no oceano Atlântico. Os ventos alcançaram velocidades superiores aos 295 quilómetros por hora, com um diâmetro de aproximadamente 650 quilómetros.