O líder líbio Muammar Kadafi recusa-se a falar com o enviado das Nações Unidas, criando "desânimo" com o insucesso na negociação de cessar-fogo e solução política para o conflito na Líbia, disse o presidente do Conselho de Segurança.
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"Em temos gerais, estamos desanimados com a situação e com a possibilidade de encontrar uma solução política (...) O problema é que não vimos um passo real positivo nesse sentido", disse o diplomata colombiano Nestor Osório, que preside em Abril ao organismo das Nações Unidas para a paz e segurança internacional.
"Todos os membros renovaram o apelo para uma solução política, para pôr um fim à violência e ver como pode ser obtido um cessar-fogo real verificável", adiantou Nestor Osório, no final de uma reunião na sequência de um briefing do subsecretário da ONU para os Assuntos Políticos, Lynn Pascoe, que substituiu o secretário-geral.
O Secretariado, disse o diplomata, relatou a continuação da violência no terreno, de ataques do governo líbio contra a população civil e a "situação crítica" que o país está a viver.
Adiantou que o enviado especial Abdul Al-Khatib está a caminho de Benghazi, bastião da rebelião anti-Kadafi no leste do país.
Na capital Tripoli foi "impossível ter um diálogo com Kadafi", adiantou Nestor Osório.
Al-Khatib estará na próxima semana em Nova Iorque, onde deverá informar o Conselho de Segurança sobre mais uma ronda de contactos.
Espera-se que nos próximos dias seja anunciada a constituição do painel de peritos que vai auxiliar os trabalhos do Comité de Sanções para a Líbia, presidido por Portugal.