O Conselho de Segurança da ONU, reunido de urgência em Nova Iorque, ordenou um inquérito internacional independente à queda do avião da Malaysia Airlines, que se despenhou, com 198 pessoas a bordo, numa zona fronteiriça entre a Ucrânia e a Rússia.
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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, já tinha exigido, ainda na quinta-feira, "um inquérito internacional completo e transparente".
Uma orientação seguida, esta sexta-feira, na reunião do Conselho de Segurança da ONU, realizada em Nova Iorque.
A reunião foi anunciada pelo Ruanda, que está a desempenhar a presidência rotativa do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), tendo sido solicitada pelo Reino Unido.
O mundo ocidental está a pressionar fortemente a Rússia, responsabilizando-a por ter apoiado os separatistas ucranianos e fornecido o armamento que acabou por ser usado para abatar o voo MH17.
A Casa Branca não responsabilizou directamente a Rússia pelo ataque mas fez questão de referir o apoio do Kremlin aos separatistas ucranianos, exortando ao governo de Putin que deixe de contribuir para inflamar a situação no terreno.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou ao presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e ao primeiro-ministro malaio, Najib Razak, sobre a crise com a queda do Boeing 777 da Malaysian Airlines.
Obama apelou a um inquérito "rápido" e "sem entraves". No âmbito de um contacto com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, o presidente norte-americano transmitiu que Washington estava disponível para fornecer "ajuda imediata para um inquérito internacional rápido, completo, credível e sem entraves", segundo indicou a Casa Branca em comunicado.
Putin foi longe demais, chegou a afirmar a ex-Secretária de Estado, Hillary Clinton.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, atribuiu à Ucrânia a responsabilidade pela queda do avião malaio que se despenhou no leste daquele ex-Estado soviético. Qualificando o acidente como "uma tragédia", Putin sublinhou ter ficado demonstrada a "necessidade de uma solução urgente e pacífica para a crise com a Ucrânia" e pediu uma "investigação minuciosa e objetiva". O governo russo já negou qualquer envolvimento directo no ataque.
O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, exigiu que a Rússia explicasse a tragédia que "aparenta ter sido provocado por um míssil terra-ar fornecido pelos russos".
Angela Merkel exigiu uma investigação "independente e o mais rápida possível" à queda do avião da Malásia que sobrevoava espaço aéreo ucraniano e pediu ao Presidente russo que garanta uma "solução política" para o conflito.
A chanceler alemã defendeu ainda que o mais urgente é a realização de uma investigação rápida e independente para clarificar os "muitos, muitos indícios" que apontam para um ataque ao avião.