Uma explosão num jardim público e numa habitação na Faixa de Gaza, provocou, esta segunda-feira a morte de pelo menos 11 crianças e nove adultos. Também um hospital foi alvo de uma explosão, mas não houve vítimas. Israel culpou o Hamas.
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Uma forte explosão num jardim público situado na zona norte da Faixa de Gaza resultou na morte de 10 pessoas, oito das quais crianças. Segundo a agência Reuters, o ataque causou ferimentos em 40 pessoas.
Os palestinianos responsabilizaram o exército israelita pelo ataque, mas Israel rejeitou qualquer culpa, afirmando que se tratou de um erro no disparo de um roquete por parte dos militantes do Hamas.
Também um projétil disparado por um carro de combate atingiu uma casa na cidade de Jabaliya, em Gaza, tendo provocado a morte de pelos menos dez palestinianos, incluindo três crianças.
ONU quer cessar-fogo
Ao mesmo tempo, uma outra explosão fez tremer o chão do hospital de Shifa, em Gaza, sem provocar vítimas. Israel já havia acusado os militantes do Hamas de se esconderem no hospital e atribuiu a explosão a míssil errante.
O Conselho de Segurança da ONU adotou, ontem, uma declaração por unanimidade apelando a um " cessar-fogo" humanitário em Gaza.
Numa declaração aprovada por todos os membros, o Conselho de Segurança apelou às partes envolvidas no conflito para "aplicarem totalmente" o cessar-fogo durante a festa que assinala o fim do Ramadão e a estendê-lo além do período de celebrações. Os 15 países apelaram igualmente ao "respeito pleno do direito humanitário internacional e sobretudo no que respeita à proteção dos civis", assim como ao "esforço de implementar um cessar-fogo duradouro e totalmente respeitado, baseado na iniciativa de mediação egípcia".
O Conselho de Segurança apontou "a necessidade de fornecer imediatamente assistência humanitária à população palestiniana na Faixa de Gaza", nomeadamente aumentando as contribuições para a UNRWA (agência da ONU para os refugiados palestinianos).