A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) exigiu, esta segunda-feira, a libertação "imediata" de três dos seus ex-funcionários detidos no leste da Ucrânia e anunciou o encerramento das suas missões naquele país por falta de apoio russo.
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"Vamos continuar a trabalhar dia e noite para libertar os nossos funcionários que estão detidos injustificadamente e em condições desconhecidas há mais de seis meses", disse o atual presidente da OSCE e ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia, Zbigniew Rau, em comunicado.
A nota da OSCE recorda que os ex-funcionários estão detidos em Donetsk e Lugansk, duas regiões do leste da Ucrânia controladas pelas forças russas.
"Após a falta de consenso no Conselho Permanente da OSCE para prolongar os mandatos da Missão Especial de Monitorização (SMM, na sigla em inglês) e do Coordenador do Projeto na Ucrânia, devido à oposição da Rússia, a OSCE encerra essas duas operações no terreno", lê-se no comunicado.
A secretária-geral da OSCE, Helga Maria Schmid, e Rau lembram que as operações "têm sido vitais" para apoiar a Ucrânia.
"Embora lamentemos que não tenha sido alcançado um consenso sobre o prolongamento dos mandatos devido à posição da Rússia, não deve haver dúvida: o encerramento não afetará a nossa determinação em garantir a libertação dos funcionários da OSCE que permanecem detidos injustificadamente", acrescentam.
Rau e Schmid exigem que os detidos sejam libertados "imediatamente e sem condições prévias".
A OSCE é composta por 57 países, incluindo Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e todos os 27 Estados-membros da União Europeia.