Um padre foi morto, esta segunda-feira, numa comunidade religiosa no oeste de França alegadamente por um homem ali alojado, um cidadão ruandês que tinha confessado em 2020 o incêndio da catedral de Nantes e que confessou o homicídio.
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A vítima mortal, de 60 anos, foi encontrada nas áreas comuns da comunidade dos Montfortians em Saint-Laurent-sur-Sèvre, e o suspeito ficou sob custódia, segundo uma fonte próxima do dossiê. O sacerdote morreu após ser espancado, de acordo com uma fonte policial, que descarta "a priori" um ataque terrorista. A autópsia permitirá precisar as causas da morte.
Segundo a fonte próxima do dossiê, o suspeito, Emmanuel A., de nacionalidade ruandesa, "apresentou-se a meio da manhã à brigada" da polícia militarizada de Mortagne-sur-Sèvre "e disse ter matado um clérigo". Adiantou que o homem estava sob controlo judicial no âmbito da investigação do incêndio de julho de 2020 na catedral de Nantes (oeste), onde trabalhava como voluntário.
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Fonte policial disse à agência France-Presse que o padre acolhia "há vários meses" o homem, de 40 anos, que terá saído a 29 julho de um hospital onde recebeu cuidados psiquiátricos durante um mês.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, expressou as suas condolências à comunidade religiosa à qual pertencia o padre Olivier Maire e o primeiro-ministro, Jean Castex, pediu que "as circunstâncias desta tragédia sejam esclarecidas".
O caso desencadeou uma tensa troca de declarações nas redes sociais entre a líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, e o ministro do Interior, Gerald Darmanin, o primeiro a comunicar o sucedido através da rede social Twitter. Le Pen indignou-se por o alegado assassino não ter sido expulso de França, apesar do incêndio, e Damian acusou-a de demagogia, alegando que não se pode expulsar do país uma pessoa sob controlo judicial.
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O último ataque mortal a uma pessoa ligada à Igreja Católica em França ocorreu a 29 de outubro do ano passado, quando um tunisino esfaqueou dois fiéis e o sacristão da basílica de Nice.