Pai do piloto que morreu também sofreu acidente aéreo

Apesar das adversidades que, como filho de um piloto, testemunhou, Miguel Quiroga, que comandava o avião que transportava os atletas da equipa de futebol brasileira Chapecoense para a Colômbia, cresceu determinado a seguir as pisadas do pai, acabando por enveredar pela mesma carreira.

Um acidente aéreo que Eduardo Quiroga sofreu quando o filho era pequeno podia tê-lo dissuadido da ideia que, mais tarde, viria a ter de se tornar piloto, mas não o fez. Anos depois, a história repete-se mas, desta vez, com um final trágico.

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"O pai dele sofreu um acidente quando o Miguel ainda era um bebé mas, mesmo assim, ele sempre quis seguir a sua carreira", disse Milena Quiroga, prima do piloto à imprensa brasileira.

A mesma fonte contou que Micky, como era conhecido entre amigos e família, já tinha pedido nacionalidade brasileira, depois de ter estabelecido vida e constituído família no Brasil.

Recordado pelos familiares como um "amante da aviação", um "marido e pai dedicado" e alguém "profissionalmente preenchido", Miguel Quiroga está a ser visto como um herói depois de ter surgido a teoria de que terá despejado o combustível de forma a evitar que o avião se transformasse numa bola de fogo, na altura do impacto.

Do boliviano, sabe-se também que era crente religioso. Na passada segunda-feira, um dia antes do acidente, o piloto deixou uma mensagem no seu mural do Facebook: "Bom dia! Como é que olhas para a vida? Para a frente ou para trás? Que o Senhor te dê a graça para largar as coisas, até mesmo aquelas que consideras preciosas e te permita olhar mais para adiante, onde Cristo te espera para um encontro glorioso que te abrirá as portas da eternidade."

Entretanto, a família apagou a publicação, depois de os utilizadores da rede social terem levantado a hipótese de a mensagem ser uma previsão do que estaria prestes a acontecer.