
Boris Johnson, primeiro-ministro britânico
Francois Lenoir/REUTERS
Os embaixadores dos países da União Europeia concordaram este domingo em continuar com o processo de aprovação do acordo "brexit", à espera de ver o que acontece no Parlamento britânico no próximos dias.
"Os embaixadores tomaram nota dos últimos desenvolvimentos, incluindo a receção da carta [enviada sábado à noite pelo primeiro-ministro Boris Johnson] a pedir um prolongamento do prazo", disseram à EFE fontes europeias.
As mesmas fontes apontaram que, na reunião dos embaixadores dos Estados-Membros da UE, que durou "um pouco menos" de 15 minutos, ficou acordado os vinte e sete países da União Europeia prosseguirem com os preparativos para validar o acordo de saída alcançado entre Londres e Bruxelas.
Os diplomatas enviaram o acordo para aprovação no Parlamento Europeu, que se reúne em Estrasburgo na próxima semana.
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O primeiro-ministro enviou no sábado à noite uma carta não assinada à UE solicitando um adiamento da saída até ao final de janeiro, devido à chamada "Lei de Benn", depois de o Parlamento ter aprovado uma emenda pedindo um adiamento do Brexit, que levou o Executivo a retirar a votação planeada do acordo. Juntamente com a missiva, o líder conservador enviou uma segunda carta assinada, em que afirmava não achar benéfico adiar o "divórcio" britânico além de 31 de outubro, acrescentando que só o solicita porque é obrigado a tal.
Ao não votar-se o acordo, entrou automaticamente em vigor a "Lei de Benn" (apresentada pelo deputado independente Oliver Letwin), elaborada há algumas semanas pelos deputados, com o objetivo de impedir uma saída britânica não negociada a 31 de outubro. A alteração adotada no sábado pretende funcionar como uma salvaguarda de segurança, caso o procedimento parlamentar da lei do Brexit não fique concluído até ao dia 31, e impedir o Reino Unido de sair da UE sem acordo.
