Pelo menos três pessoas morreram e 69 estão desaparecidas na sequência da evacuação de um navio de cruzeiro, com mais de quatro mil ocupantes, que encalhou num banco de areia na ilha de Giglio, no sul da região italiana da Toscânia. Houve pânico e "cenas dignas do Titanic" a bordo.
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A bordo do "Costa Concordia" seguiam 4231 pessoas, incluindo passageiros e tripulação.
"Cerca das 20.00 horas (19.00 horas de sexta-feira em Portugal continental), o 'Costa Concordia', com 290 metros de comprimento, começou a tombar sobre a água e inclinou-se cerca de 20 graus", informou a guarda-costeira.
Alguns dos passageiros, citados pela agência italiana ANSA, referiram "cenas dignas do Titanic" a bordo, após a ordem de evacuação do navio, que causou disputas entre as pessoas, choros e gritos, com alguns dos passageiros que tentavam entrar nos botes salva-vidas a caírem para o mar.
As autoridades falam em três mortos confirmados e 50 desaparecidos, admitindo que o número de vítimas mortais poderá ser mais elevado. De acordo com o jornal "Il Messaggero", oito pessoas morreram, havendo ainda registo de cerca de 30 feridos, alguns em estado grave.
O presidente do município, citado pela ANSA, alertou ao início da noite para dificuldades no resgate dos últimos passageiros.
De acordo com as autoridades locais, as operações de resgate estão praticamente terminadas, não sendo, para já, possível identificar a razão pela qual o navio encalhou.
Em comunicado, citado pela agência AFP, o armador do navio precisou que a bordo seguiam 3200 passageiros, entre italianos, alemães e franceses, e que a embarcação partiu de Savona para um cruzeiro no Mediterrâneo, com escalas previstas em Civitavecchia, Palermo, Cagliari, Palma de Maiorca, Barcelona e Marselha.
Embarcações de salvamento da guarda-costeira e outros navios, nomeadamente 'ferries' que fazem a ligação entre a costa toscana e a pequena ilha de Giglio, foram enviados para o local para participar nas operações.