O Papa Francisco celebrou, esta terça-feira, missa na cidade de Santiago de Cuba, berço da revolução comunista de 1959 na ilha, apelando para um novo tipo de "revolução", uma de reconciliação.
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O Papa, que parte esta terça-feira de Cuba para a sua primeira visita de sempre aos Estados Unidos, disse a última missa da parte cubana da sua viagem na basílica dedicada a Nossa Senhora da Caridade de El Cobre, a santa padroeira da ilha - uma Virgem Maria miscigenada que simboliza as suas raízes espanholas e africanas entrecruzadas.
Francisco louvou Maria como a personificação de "uma revolução de ternura", e instou os cubanos a seguirem o seu exemplo "para construírem pontes, deitar abaixo muros, plantar sementes de reconciliação", em comentários que pareciam aludir à recente reconciliação que ajudou a iniciar entre Cuba e os Estados Unidos.
"A alma do povo cubano foi forjada pelo sofrimento e pela privação que não conseguiram suprimir a fé, essa fé que foi mantida viva graças a todas aquelas avós que acolheram, na vida quotidiana dos seus lares, a presença viva de Deus".
O argentino de 78 anos, o primeiro Papa latino-americano, iria em seguida encontrar-se com famílias e abençoar aquela cidade do sudeste, a segunda maior do país, antes de partir para Washington.