O Vaticano anunciou que um novo grupo de requerentes de asilo proveniente da ilha grega de Lesbos foi recebido em Roma, dois meses depois de o Papa Francisco ter acolhido três famílias de refugiados sírios.
Corpo do artigo
Em abril, e depois de uma breve visita à ilha de Lesbos, Francisco convidou num "gesto de acolhimento" três famílias sírias (12 pessoas, incluindo seis menores) a viajarem até Roma a bordo do seu avião.
As famílias, todas de confissão muçulmana, eram oriundas de Damasco e de Deir Ezzor, cidade síria localizada nos territórios controlados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Papa apelou a todas as paróquias europeias para acolherem uma família de refugiados
Este novo grupo, composto por seis adultos e três menores, chegou na quinta-feira à capital italiana, escoltados pela força de elite do Vaticano (Guarda Suíça), pelas autoridades italianas e gregas, bem como por membros da comunidade católica Santo Egídio, que será responsável pelo processo de acolhimento, suportado financeiramente pela Santa Sé.
Os nove refugiados sírios, incluindo dois cristãos, estavam a viver no campo de refugiados de Kara Tepe, na ilha de Lesbos, onde chegaram depois de ter realizado a travessia marítima a partir da Turquia.
O Papa Francisco tem sido um acérrimo defensor da receção na Europa de refugiados que fogem de cenários de guerra e de pobreza, tendo apelado a todas as paróquias europeias para acolherem uma família de refugiados. O Vaticano conta com duas paróquias que acolheram duas famílias cristãs.
Em abril passado, muitos católicos expressaram surpresa e até alguma indignação com a ausência de cristãos entre os refugiados acolhidos pelo Papa. Na altura, Francisco respondeu: "Não fiz uma escolha entre cristãos e muçulmanos. Todos os refugiados são filhos de Deus".