O ministro dos Negócios Estrangeiros de França lançou esta quinta-feira uma "mensagem de paz ao mundo muçulmano", destacando que a França é o "país da tolerância" e "não do desprezo ou rejeição", depois de novo atentado terrorista, em Nice.
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"Não deem ouvidos às vozes que procuram despertar desconfianças. Não nos deixemos cair nos excessos de uma minoria de manipuladores", declarou Jean-Yves Le Drian, durante a apreciação do orçamento do seu ministério na Assembleia nacional
Duas semanas depois da decapitação de um professor na região de Paris por um extremista islâmico russo-checheno que chocou o país, três pessoas foram hoje esfaqueadas mortalmente numa igreja em Nice, no sudeste de França.
O agressor, um migrante tunisino de 21 anos recém-chegado de Lampedusa, Itália, segundo fontes ligadas à investigação do caso gritou "Allah Akbar" ("Deus é o maior" em árabe) no momento do ataque.
O atacante foi ferido por vários tiros de arma de fogo durante a intervenção policial e foi levado para o hospital.
"Não vamos desistir" dos valores que fazem da França, particularmente, "a liberdade de acreditar e não acreditar", afirmou o Presidente da República, Emmanuel Macron.
Nos últimos dias têm-se multiplicado reações do mundo muçulmano contra a França e o seu Presidente, depois de Emmanuel Macron ter declarado que continuaria a defender a liberdade de expressão, incluindo a publicação de caricaturas, durante uma homenagem nacional ao professor decapitado na região parisiense depois de ter mostrado caricaturas de Maomé numa aula sobre liberdade de expressão.