Paróquia dedicada a Carlo Acutis celebra a canonização do primeiro santo "millennial"

Segundo avança o portal "Vatican News", a Festa da Canonização vai começar com a estreia de "Carlo Acutis, o Filme", baseado no relato de Rajesh Mohur, que trabalhava com a família Acutis.

Ao longo dos vários dias de festa, vai estar disponível uma exposição com alguns detalhes da vida do jovem santo. Nos dias 5, 6 e 7 de setembro decorre o Tríduo da Canonização, com a celebração de missas solenes, barracas de comida italiana e atuações de bandas católicas.

Carlo Acutis será oficialmente canonizado a 7 de setembro, na Praça de São Pedro, no Vaticano, tornando-se o primeiro santo da era digital. Nesse mesmo dia, a paróquia brasileira vai transmitir o evento em direto, que será presidido pelo Papa Leão XIV.

Conhecido como santo "millennial", o jovem, que vivia em Milão, morreu de leucemia em 2006. Nascido em Londres, em 1991, era um prodígio da Internet e ajudou a construir sites de várias organizações católicas e a divulgar a fé de Roma online.

Filho de mãe e pai italianos, quando era apenas uma criança de três anos doava as moedas que tinha no bolso às pessoas que mendigavam na cidade. Mais tarde, apoiava os amigos quando os pais se divorciavam, ajudava os mais vulneráveis quando eram vítimas de bullying, e entregava refeições e sacos-cama aos sem-abrigo de Milão.

Milagres reconhecidos pela Igreja

Foi um milagre realizado em solo brasileiro que permitiu a beatificação de Carlo Acutis, em 2020. Uma relíquia de Acutis, que já era alvo de devoção, um pedaço de um pijama com o qual dormira antes de morrer, estava no Brasil, quando Matheus Vianna, de seis anos, nascido com uma malformação no pâncreas lhe tocou e ficou curado sem explicação científica.

Um outro milagre reconhecido pela Igreja Católica diz respeito à história de uma jovem de 23 anos, Valeria Valverde, que teve um acidente de bicicleta, em 2022, tendo batido com a cabeça. Internada com um grave traumatismo craniano, os médicos terão afirmado que, em caso de salvamento, haveria o sério risco de existirem sequelas para toda a vida. A mãe da jovem, natural da Costa Rica, foi à cidade italiana de Assis deixar uma carta no túmulo de Carlo Acutis. Quando regressou a Florença, a filha estava a respirar de forma autónoma e tinha recuperado.