Todos os passageiros e a maioria da tripulação do "ferry" que se incendiou na madrugada de domingo no mar Adriático já foram retirados, anunciou a Marinha italiana, que confirmou a morte de sete pessoas.
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O ferry "Norman Atlantic", com 478 pessoas a bordo, estava à deriva no mar Adriático desde o início do fogo, às primeiras horas de domingo, e até agora foram registados cinco mortos.
A marinha referiu que apenas nove tripulantes permaneciam ao final da manhã desta segunda-feira no navio, que deverá ser rebocado para terra.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, precisou que no "ferry" apenas se mantêm o comandante e pessoal da marinha militar.
Este corpo havia informado que até às 13 horas locais (12 horas em Portugal continental) haviam sido resgatadas 419 pessoas, do total de 478 que viajavam no "ferry".
Entretanto, o balanço do incêndio subiu para sete vítimas mortais, após a descoberta de mais dois corpos. "Dois corpos foram encontrados, o total de mortos é de sete", indicou a guarda costeira italiana na sua conta na rede social Twitter.
O anterior balanço do acidente dava conta de cinco vítimas mortais, "um ontem (domingo) e quatro hoje", depois de o Governo grego ter informado que tinham sido encontrados quatro mortos.
A guarda costeira precisou que o navio "Cruise Europa", que transporta 69 pessoas que viajavam no barco acidentado, dirigia-se ao porto grego de Igoumenitsa.
Os trabalhos de identificação das vítimas mortais começaram, tendo-se já conhecimento de que um dos mortos não é, como inicialmente se suspeitou, um cidadão grego sexagenário cuja morte havia sido relatada no domingo.
O filho da vítima não identificou um dos mortos como sendo o seu pai, informaram meios de comunicação locais.
Além disso, a autoridade portuária de Ancona, em Itália, destino do "ferry" "Norman Atlantic", informou que a partir de terça-feira o "ferry" "Hellenic Spirit" retomará o serviço que prestava aquele navio entre esta localidade, Igoumenitsa e Patras, na Grécia.
As autoridades marítimas italianas, gregas e albanesas lançaram uma corrida contra o tempo para recuperar centenas de pessoas, a maioria de nacionalidade grega, presas no convés do "Norman Atlantic".
O fogo teve início na zona reservada aos veículos, mas as operações de resgate foram dificultadas pelo estado do mar e ventos violentos.