Peregrinos muçulmanos em Meca circundaram, esta segunda-feira, a Kaaba, local sagrado no Islão, e seguiram para o acampamento de Mina, no deserto, abrindo oficialmente a peregrinação anual do Hajj, que regressou à capacidade total antes da pandemia.
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Até agora, mais de 1,8 milhão de peregrinos de todo o mundo estão já em Meca e arredores para o Hajj, número que aumenta à medida que mais peregrinos da Arábia Saudita se juntam, disse o porta-voz do Ministério Saudita do Hajj, Ayedh al- Ghweinim.
As autoridades locais dizem esperar que este ano se aproxime dos níveis antes da pandemia da covid-19 superior a dois milhões de peregrinos.
O empresário egípcio Yehya Al-Ghanam, à Associated Press, disse estar sem palavras para descrever o sentimento ao chegar a Mina, um dos maiores acampamentos do mundo fora de Meca, onde os peregrinos ficam durante grande parte do Hajj.
"Eu não durmo. Faz 15 dias que não durmo, apenas uma hora por dia", contou.
A peregrinação é um dos cinco pilares do Islão, e todos os muçulmanos são obrigados a fazer o Hajj de cinco dias pelo menos uma vez na vida, se forem fisicamente e financeiramente capazes de o fazer.
Os rituais durante o Hajj comemoram os relatos do Alcorão sobre Ibrahim, o seu filho Ismail e a mãe de Ismail, Hajar.
Os peregrinos fazem o circuito ritual em redor da Caaba desde que chegam a Meca e seguem depois, a pé ou de autocarro, até Mina.