Os piratas somalis receberam 43 milhões de euros em resgates durante 2009, revelou fonte do Programa de Assistência a Navegantes, organização que vigia a pirataria no golfo de Aden, citada pelo diário queniano Daily Nation.
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A organização indicou que 47 navios, com cerca de 300 tripulantes, foram capturados pelos piratas no ano passado.
Já em 2010, os piratas somalis sequestraram 12 navios com as suas tripulações, entre os quais um casal de turistas britânicos, adiantou o director do Programa de Assistência a Navegantes, Andrew Mwangura.
A 18 de Janeiro, os piratas libertaram o super petroleiro grego Maran Centaurus, depois de receberem um resgate que pode ter chegado aos 4,8 milhões de euros e que foi o maior alguma vez pago a piratas somalis.
De acordo com Mwangura, a presença de navios de guerra em águas da Somália não vai deter os corsários, pois as causas que os empurram para a pirataria vão desde a miséria, a pesca ilegal por barcos internacionais, os despejos tóxicos e o tráfico de pessoas.
A Somália não tem um governo efectivo desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi deposto por chefes de clãs tribais conhecidos como 'senhores da guerra'.
Desde essa altura, diferentes milícias de grupos tribais combatem entre si, e contra os radicais islâmicos, pelo controlo do país.