O presidente ucraniano afirmou que será assinado, na sexta-feira, um plano de cessar-fogo para terminar o conflito com os separatistas pró-russos no leste, indicando que a NATO está disponível para apoiar militarmente a Ucrânia.
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"Amanhã [sexta-feira] será assinado em Minsk um documento que prevê a introdução gradual do plano de paz para a Ucrânia", afirmou Petro Poroshenko à margem da cimeira da NATO, que começou esta quinta-feira no País de Gales.
Poroshenko, que se reuniu com os líderes dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França e Itália, afirmou que "é muito importante" que o primeiro passo num plano de paz garanta um cessar-fogo.
Representantes das autoridades ucranianas, da Rússia, dos rebeldes separatistas pró-russos e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) sentam-se à mesma mesa na sexta-feira, na capital da Bielorrússia.
"Se a reunião se realizar, darei instruções à liderança do Estado-Maior sobre um cessar-fogo bilateral", disse Poroshenko à televisão ucraniana.
Os dirigentes separatistas pró-russos do leste da Ucrânia anunciaram pouco depois a sua disposição para ordenar um cessar-fogo, se houver acordo sobre um plano de paz na reunião de sexta-feira em Minsk.
Numa declaração divulgada na página oficial dos separatistas na internet, os dirigentes pró-russos dizem-se "preparados para ordenar um cessar-fogo sexta-feira às 15.00 horas locais (13.00 horas em Portugal continental) se houver um acordo e se os representantes da Ucrânia assinarem um plano de resolução política".
Poroshenko afirmou também que os membros da Aliança Atlântica deverão adotar uma declaração defendendo mais apoio militar a Kiev para enfrentar o que a NATO considera uma agressão russa.
"Na sua declaração, a NATO apoiará ações firmes bilaterais por parte dos seus membros para apoiar uma ajuda militar e tecnológica à Ucrânia", indicou. "Era exatamente isto que estávamos à espera", referiu.
O presidente russo, Vladimir Putin, apresentou, na quarta-feira, um plano de paz de sete pontos, que prevê a retirada das tropas ucranianas e a cessação das hostilidades pelas forças pró-russas.