Um alegado agressor que planeava raptar, violar e assassinar uma das maiores celebridades do Reino Unido foi condenado, esta sexta-feira, a prisão perpétua, com uma pena mínima de 15 anos.
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Gavin Plumb, de 37 anos, foi na semana passada considerado culpado de ter planeado "emboscar" a apresentadora de televisão Holly Willoughby, de 43 anos, em sua casa, para depois a trancar num quarto.
Foi apanhado depois de um agente da polícia norte-americano à paisana se ter infiltrado num grupo online e ter reencaminhado as mensagens de Plumb para o FBI.
As autoridades americanas entregaram depois as provas à polícia britânica, que fez uma rusga à casa de Plumb em Harlow, no Reino Unido. Encontraram um "kit de rapto", que incluía cordas e clorofórmio.
Willoughby, uma apresentadora de televisão descrita pelo juiz Edward Murray como uma "figura pública bem conhecida e adorada", disse que o caso tinha tido um impacto "que mudou a vida" da mulher.
"É evidente, segundo a acusação, que a dimensão do choque e do medo causados por este crime são impossíveis de transmitir", afirmou a procuradora Alison Morgan.
Morgan acrescentou ainda que os meios de comunicação social não tinham divulgado toda a extensão dos planos por serem "tão depravados e vis", mas o tribunal foi informado de que Plumb tencionava também fazer mal ao marido e aos filhos de Willoughby.
Plumb, que tem uma série de condenações anteriores relacionadas com sequestro, disse ao agente da polícia à paisana que planeava cortar a garganta de Willoughby, enquanto tentava convencê-lo a juntar-se à conspiração, segundo o tribunal.
A equipa jurídica afirmou que ele "adorava e era obcecado" por Willoughby e estava "devastado por ser a causa de tal dor para ela".
Nicola Rice, uma procuradora especializada do Serviço de Acusação da Coroa, chamou a Plumb "um homem perigoso que planeou uma violência indescritível contra um dos rostos mais conhecidos da nação".
"Apesar das suas tentativas de se fazer passar por um fantasista inofensivo, a acusação persuadiu o júri de que Plumb representava uma ameaça muito real", acrescentou.
Em Inglaterra e no País de Gales, a prisão perpétua é uma sentença que dura até à morte do prisioneiro, mas na maioria dos casos o juiz fixa um período mínimo, após o qual o prisioneiro se torna elegível para liberdade condicional.