Polícia alemã trava ataque do Estado Islâmico. Suspeito aprendeu a fabricar explosivos
A procuradoria de Berlim anunciou, esta terça-feira, a prisão de um homem, com ligações ao grupo extremista Estado Islâmico, suspeito de estar a preparar "um ato violento grave que seria uma ameaça para o Estado".
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Agentes da polícia federal acompanhados por membros das forças especiais detiveram o suspeito - um cidadão sírio, de 26 anos - em sua casa, no distrito de Schöneberg, na capital alemã, revela um comunicado da procuradoria.
Nos últimos meses, o alegado extremista havia entrado em contacto, pelo menos nove vezes, com um grupo próximo ao Estado Islâmico (EI) através do serviço de mensagens instantâneas Telegram, onde trocou instruções sobre o fabrico de explosivos com outras pessoas, segundo a procuradoria alemã.
O objetivo do 'chat' de mensagens era a preparação de ataques na Europa. Em concreto, de acordo com informações do jornal "Tagesspiegel", os participantes expressaram a intenção de atacar objetivos de "infiéis e judeus".
As instruções trocadas referiam-se principalmente ao fabrico de explosivos plásticos e bombas, bem como ao uso de armas de assalto AK-47 e metralhadoras.
O suspeito já havia começado a adquirir alguns dos componentes e produtos químicos necessários para fabricar uma bomba, incluindo triacetona e uma solução de peróxido de hidrogénio.
Com esses materiais, a procuradoria alemã acredita que o suspeito planeava fabricar o triperóxido de triacetona (TATP), uma substância altamente explosiva, usada nos ataques terroristas em Paris (2015) e Bruxelas(2016).
Por isso, o tribunal do distrito de Tiergarten, em Berlim, ordenou a detenção do suspeito e buscas à sua casa.
No momento, não se sabe quando e onde o alegado extremista pretendia atacar.
Segundo o canal público de televisão ARD, o detido estava há meses sob vigilância das autoridades alemãs, que tinham recebido as primeiras indicações de um serviço de inteligência estrangeiro.