A Polícia australiana matou um "conhecido suspeito de terrorismo que apunhalou dois agentes", um dia depois de o grupo Estado Islâmico ter apelado aos muçulmanos para matarem indiscriminadamente australianos, informaram, esta quarta-feira, as autoridades.
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O jovem, de 18 anos, alegadamente ligado ao grupo islâmico Al-Furqan, foi morto na noite de terça-feira, depois de ter chegado a uma esquadra de polícia nos arredores de Melbourne para um interrogatório de rotina, escreve a agência AFP.
Ele foi recebido por dois membros de uma unidade antiterrorismo e cumprimentou-os com um aperto de mão antes de puxar de uma faca e de esfaquear repetidamente os dois homens.
Um agente disparou um único tiro que matou o jovem, segundo a polícia.
O ministro da Justiça, Michael Keenan explicou, esta quarta-feira, que o indivíduo era "um conhecido suspeito de terrorismo" sob vigilância dos serviços secretos.
"O incidente ocorreu durante uma investigação policial e parece que o tiro pela polícia foi em legítima defesa", disse.
Os dois polícias estavam em condição estável após terem sido submetidos a cirurgia.
A morte do jovem acontece menos de uma semana depois de operações antiterrorismo nas cidades de Sydney e Brisbane, e de ter sido revelado que os "jihadistas", alegadamente, pretendiam decapitar civis e até mesmo atacar o parlamento australiano.
Segundo o Governo de Canberra, 60 australianos "jihadistas" combatem na Síria e no Iraque, enquanto outros 20 militantes regressaram ao país.
Este mês a Austrália elevou o alerta terrorista para nível "alto" perante a ameaça de atentados no âmbito da ofensiva internacional contra o Estado Islâmico (EI) na Síria e Iraque, para a qual contribui com ajudas humanitária e entrega de armamento.