Polícia de Los Angeles debaixo de fogo por divulgação de fotos de agentes infiltrados
O chefe da Polícia de Los Angeles, Michel Moore, vai ser investigado sobre a divulgação online de fotografias de milhares de agentes, incluindo dos que trabalham infiltrados.
Corpo do artigo
De acordo com o "Los Angeles Times", Michel Moore transmitiu, na terça-feira, na reunião regular da Comissão de Polícia, "profundas desculpas" pela maneira como muitos policias souberam das fotos que foram divulgadas em resposta a um pedido da Lei de Registos Públicos da Califórnia.
Michel Moore admitiu à comissão que os polícias deviam ter sido informados, com antecedência, sobre a publicação das fotos no site público de um grupo de defesa, e reconheceu estar preocupado com a divulgação de imagens de polícias que estão em missões delicadas, devido a possíveis ameaças à sua segurança.
"Estão envolvidos em investigações criminais que envolvem cartéis de drogas, organizações de rua violentas, nas quais a sua identidade é mascarada por ordem judicial e constitucional", contou.
O chefe do departamento de Polícia de Los Angeles admitiu que a divulgação "representa um risco" para os agentes sob disfarce, face à ampla disponibilidade de tecnologia de reconhecimento facial.
A controvérsia começou na sexta-feira com o lançamento de um banco de dados on-line de pesquisa, Watch the Watchers, que publicou fotografias de mais de 9300 agentes do Departamento de Polícia de Los Angeles, com nome, etnia, patente, data de contratação, divisão/escritório e número do distintivo.
O site foi criado pelo grupo comunitário de vigilância tecnológica 'Stop LAPD Spying Coalition', fundado em 2011 e sediado na Los Angeles Community Action Network em Skid Row.
A investigação sobre Michel Moore e Liz Rhodes surge depois de a 'Los Angeles Police Protective League', o sindicato que representa oficiais comuns, apresentar na segunda-feira uma queixa de má conduta contra os dois.