A polícia de Moscovo fez várias rusgas em clubes LGBT na capital russa durante a noite de sexta-feira e na madrugada deste sábado, informaram os meios de comunicação locais, citados pela Efe.
Corpo do artigo
"As rusgas foram realizadas em Moscovo desde as 22 horas (19 hora em Portugal continental)" de sexta-feira, informou o canal de Telegram Ostorozhno Moskva (Cuidado com Moscovo).
De acordo com este canal, os polícias chegaram às instalações e pediram aos presentes os seus documentos de identidade, sendo que depois de fotografar os documentos, a polícia deixou sair as pessoas que se encontravam nas discotecas.
De acordo com testemunhas citadas pelo Ostorozhno Moskva, a polícia entrou em várias saunas usando pretexto de que estava à procura de droga.
O Supremo Tribunal da Rússia proibiu no dia 30 de novembro o ativismo LGBTI+ como extremismo, na medida mais drástica contra os defensores dos direitos de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgénero e intersexuais no país.
O veredicto foi comunicado à imprensa por um juiz após uma audiência à porta fechada.
A decisão abrange o "movimento internacional LGBTI+" e todas as suas filiais na Rússia.
Numa declaração apresentada ao tribunal no início de novembro, o Ministério da Justiça argumentou que as autoridades tinham identificado "sinais e manifestações de natureza extremista" por parte de um movimento LGBTI+ a operar na Rússia.
O Ministério Público referiu o "incitamento à discórdia social e religiosa", mas sem apresentar pormenores ou provas, segundo a agência norte-americana AP.