Cerca de 37 pessoas foram detidas no sábado nos Países Baixos, após violentos confrontos com a polícia à margem de uma manifestação anti-imigração em Haia, noticiou a agência de notícias ANP, citando a polícia.
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Até à tarde de hoje, 27 suspeitos permaneciam detidos, segundo a agência holandesa.
Quatro polícias ficaram feridos e uma viatura foi incendiada após os confrontos entre manifestantes e polícias. Estes, que foram alvejados com pedras e garrafas, usaram canhões de água e gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.
Segundo a polícia, "alguns jornalistas" também ficaram feridos, sete, segundo a imprensa holandesa, incluindo dois fotógrafos espancados por manifestantes.
Citado pela imprensa holandesa, o autarca de Haia, Jan van Zanen, denunciou os incidentes como "sem precedentes e indignos da Holanda".
"Grupos de vândalos de todo o país tentaram deliberadamente confrontar a polícia" e "usaram extrema violência", disse.
Segundo a polícia, a poucas semanas das eleições legislativas nos Países Baixos, cerca de 1500 pessoas concentraram-se numa autoestrada que atravessa a cidade, onde entraram em confronto com as forças de segurança destacadas para o local.
Os manifestantes também vandalizaram as instalações de um partido político, o D66 (Sociais-Democratas), partindo os vidros de várias janelas.
Os distúrbios ocorreram semanas antes das eleições legislativas agendadas para 29 de outubro, convocadas depois de o líder da extrema-direita, Geert Wilders, ter retirado o seu partido da coligação governamental, devido a divergências quanto às medidas a adotar para travar a imigração para os Países Baixos.