O ministro do Interior espanhol, Juan Ignacio Zoido, deu por "desmantelada", este sábado, a célula dos 12 autores dos atentados de Barcelona e Cambrils, na Catalunha, mas o governo regional não concorda com a conclusão otimista.
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Por sua vez, o conselheiro do Interior do governo da Catalunha, Joaquim Forn, considera que não se pode dar por desarticulada a célula jiadista "até se detetar o paradeiro de todas as pessoas que dela fazem parte".
Até ao momento, quatro suspeitos estão sob custódia policial, cinco foram abatidos a tiro em Cambrils e outros três foram identificados: dois deles poderão ter morrido na explosão de Alcanar, ocorrida na quarta-feira, e o terceiro é Younès Abouyaaqoub, o alegado condutor da carrinha que abalroou a multidão nas Ramblas, na quinta-feira.
Forn acredita que "o que aconteceu em Cambrills permite garantir que a célula sofreu um forte golpe" mas afirma que não se pode dizer que esta esteja "totalmente desarticulada", até porque ainda estão em curso várias linhas de investigação, levadas a cabo pela polícia catalã, os Mossos d'Esquadra, avança o "La Vanguardia".
Duplo atentado na Catalunha causou 14 mortos
O atentado em Barcelona, na quinta-feira à tarde, causou 13 mortos e cerca de 130 feridos, 17 destes em estado crítico.
Num outro ataque, já na madrugada de sexta-feira, uma mulher morreu quando uma carrinha investiu contra as pessoas, em Cambrils, uma localidade balnear a cerca de 120 quilómetros de Barcelona.