Um agente da polícia de serviço na escola de Parkland, na Florida, onde um jovem de 19 anos matou 17 pessoas a tiro, na semana passada, ficou no exterior do edifício durante o massacre e não interveio. Depois de ter sido suspenso, Scot Peterson acabou por demitir-se.
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Segundo o xerife do condado de Broward, na Florida, Peterson estava no terreno, armado e de uniforme, quando Nikolas Cruz, antigo estudante, abriu fogo dentro da Marjory Stoneman Douglas High School.
"Estou devastado. Doente. Ele (o agente) nunca chegou a entrar", lamentou Scott Israel, esta sexta-feira, em conferência de imprensa.
Imagens que estão na posse das autoridades, e que não deverão ser, para já, divulgadas, mostram Peterson a chegar à escola, exatamente 90 segundos antes de os primeiros tiros serem disparados. O agente, de serviço na escola desde 2009, manteve-se no exterior do estabelecimento durante quatro minutos. De acordo com Israel, o ataque durou seis.
Peterson, que pode vir a enfrentar um processo judicial, foi suspenso de funções depois do massacre, tendo acabado por se despedir, disse Israel, adiantando que nenhuma razão foi dada por parte do agente que justificasse a inação. Questionado pelos jornalistas sobre a conduta correta a assumir, o xerife disse que Scot Peterson devia ter "entrado na escola e confrontado o assassino", abatendo-o se as circunstâncias assim o dissessem.
Peterson foi suspenso de funções depois do massacre, tendo acabado por se despedir, disse Israel, adiantando que nenhuma razão foi dada por parte de Peterson que justificasse a inação.
Segundo a BBC, que cita o governo norte-americano, os agentes de serviço nas escolas são responsáveis por manter a segurança e prevenir o crime, nomeadamente no que diz respeito a situações como a que ocorreu na semana passada. De acordo com a "National Association of School Resource Officers" (Associação Nacional de Oficiais de Recursos Escolares, em tradução livre), há entre 14 e 20 mil agentes escolares nos EUA.
Nikolas Cruz, que provocou a morte a 17 pessoas e causou ferimentos noutras 23, está a ser julgado pela prática de 17 crimes.
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