O protesto de estudantes junto ao parlamento em Díli provocou estragos, mas não foram registados feridos nem detidas pessoas até agora, disse a Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL).
Corpo do artigo
O superintendente Justino Menezes, comandante das operações da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), disse que a polícia não registou qualquer ferido, até ao momento, mas salientou que alguns veículos foram danificados.
"Ainda não detivemos ninguém, porque estamos a observar e a dar espaço para que continuem a manifestar-se. O processo normal será feito. Se destruírem algo, tomaremos as devidas medidas em momento oportuno", afirmou o comandante aos jornalistas.
O superintendente pediu também aos manifestantes para se exprimirem de forma ordeira.
"Peço aos manifestantes que expressem as suas opiniões e posições políticas de forma adequada, e que qualquer mudança seja reclamada apenas com palavras. A manifestação não é destruir pessoas, bens do Estado ou propriedade privada. Isso é crime", declarou Justino Menezes.
O comandante acrescentou que todas as ações cometidas no local terão consequências e que a PNTL tomará decisões em conformidade, incluindo convocar os dirigentes dos estudantes para prestarem declarações.
Uma manifestação de estudantes universitários de Timor-Leste foi hoje dispersa com gás lacrimogéneo pela polícia, depois de os estudantes começarem a atirar pedras e outros objetos contra o Parlamento.
Os estudantes manifestavam-se contra as regalias dos deputados do Parlamento nacional, incluindo contra a aprovação da compra de novas viaturas, num valor superior a três milhões de dólares.
O protesto ocorreu ao mesmo tempo que decorre no hemiciclo, a abertura da terceira sessão legislativa da sexta legislatura.
Presente no hemiciclo estava o Presidente timorense, José Ramos Horta, bem como um grupo de eurodeputados que iniciou hoje uma visita ao país.