O porta-voz de Angela Merkel minimizou, esta quarta-feira, o "pequeno número" de gregos que exibiram uniformes nazis e bandeiras com a suástica durante a deslocação da chanceler alemã a Atenas na terça-feira, considerando que não merecem ser comentados.
Corpo do artigo
"Não penso que devamos conceder ao pequeno número de manifestantes que surgiram com uniformes nazis a honra de discutir essa situação em profundidade", considerou o porta-voz Steffen Seibert, ao ser questionado sobre o balanço da visita da chanceler.
A polícia utilizou na terça-feira gás pimenta e gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes que tentaram derrubar as barreiras de segurança instaladas a alguns quarteirões do local onde Merkel manteve conservações com o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras.
Uma parte da população grega encara Merkel com a principal responsável pelas duras medidas de austeridade impostas ao país, em troca de um avultado empréstimo financeiro concedido pela 'troika' de credores internacionais (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário internacional).
Durante as manifestações, duas bandeiras nazis foram colocadas numa das barreiras e queimadas.
A imprensa alemã demonstrou, esta quarta-feira, o seu ceticismo sobre o impacto da visita de Merkel, ao considerar que prejudicou a imagem da Alemanha e não contribuiu para resolver a crise.
O diário sensacionalista Bild, que definiu os "ingratos protestos" como "nauseabundos", sugeriu ainda que "a Grécia que se exibiu no centro de Atenas na terça-feira não pertence ao euro".