O presidente Xi Jinping descartou uma reforma na China ao estilo ocidental e reafirmou a importância de manter o sistema de um partido único na potência asiática.
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Num discurso, na sexta-feira, no Grande Palácio do Povo de Pequim (a sede do Legislativo), por ocasião do 60.º aniversário da Assembleia Nacional Popular, Xi Jinping disse também que a China deve ter uma "liderança unida que garanta que o desenvolvimento do país não é colocado em perigo".
Além disso, segundo escreve este sábado o diário "South China Morning Post" (SCMP), Xi Jinping recomendou aos funcionários da formação que "adiram à liderança central do partido" e "melhorem a coordenação para evitar que o Governo se divida".
O Governo, acrescentou, deve impedir "a luta política e a divisão entre os partidos políticos".
Xi Jinping também mencionou a colocação em marcha de "um processo de decisão democrático" e disse que, quando se realizam eleições, o Governo deve "ter cuidado para não fazer promessas vazias que deixem o país num limbo pós-eleitoral".
O presidente chinês levou a cabo desde o início da sua liderança do país, em 2013, uma campanha anticorrupção dirigida "contra tigres e moscas", em referência à indiferença em relação ao cargo do suspeito, que já perseguiu milhares de funcionários e empresários.
No seguimento da campanha, o PCC anunciou recentemente uma investigação contra o ex-ministro da Segurança Zhou Yongkang por corrupção, depois de deter dezenas de aliados e familiares.
A campanha foi abalada por certos setores, mas criticada também por alguns peritos, que consideram que só é dirigida contra as fações do Partido mais afastadas de Xi Jinping.
Wang Qishan, o líder da Comissão Central de Disciplina do PCC, encarregada do combate à corrupção, declarou, no final de agosto, que esta "durará, pelo menos, cinco anos" porque se trata de uma "guerra que a nação não se pode dar ao luxo de perder".