"O motim não abrange outras unidades militares", afirmou Mikhail Saakachvili numa mensagem televisiva à nação.
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O Presidente da Geórgia assegurou hoje que a situação no país está "sob controlo" e que "o importante motim" em curso numa base militar próxima de Tbilissi "é um incidente isolado" e foi organizado no país.
"O motim não abrange outras unidades militares", afirmou Mikhail Saakachvili numa mensagem televisiva à nação em que responsabilizou "antigos comandantes do exército e da Guarda Nacional" pelo motim.
Na mensagem, Saakachvili criticou a Rússia por estar a concentrar tropas junto à fronteira com a Geórgia e apelou a Moscovo para "se abster de acções provocadoras".
Elementos de um batalhão de blindados amotinaram-se hoje na base militar de Mujrovani, a cerca de 30 quilómetros de Tbilissi.
As autoridades georgianas estão a negociar com os militares amotinados numa base próxima da capital para pôr fim ao motim, anunciou o Ministério da Defesa georgiano.
Nas declarações que fez anteriormente, o ministro da Defesa georgiano, David Sikharulidze, responsabilizou a Rússia pelo motim e disse que ele envolvia também "civis sem qualquer ligação ao batalhão" e "altos responsáveis".
O ministro disse, por outro lado, que o motim teve início na sequência do anúncio, horas antes, de que o governo tinha desmantelado uma conspiração para um golpe de Estado.
O representante da Rússia junto da NATO, Dmitri Rogozin, recusou as acusações da Defesa georgiana e classificou-as de "loucura".
Citado pela agência georgiana Kavkaz Press, o comandante do batalhão amotinado, Mamuka Gorgishvili, disse que os militares não vão tomar nenhuma acção ofensiva para interferir na situação política do país e que vão manter-se na base.