O presidente egípcio, Mohamed Morsi, anulou aumentos de impostos sobre produtos básicos e de grande consumo algumas horas depois os ter decidido.
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A divisão continua no Egito entre apoiantes e opositores do presidente, com várias manifestações convocadas, esta segunda-feira, pelos estudantes islâmicos nas universidades para expressar o apoio a Mohamed Morsi.
Morsi pediu ao governo do primeiro-ministro Hicham Qandil "para iniciar um diálogo social sobre estas medidas para não agravar o fardo dos cidadãos", adiantou a agência oficial Mena.
Esta decisão surge depois do presidente islâmico ter decidido manter para sábado um referendo sobre um projeto de Constituição que divide profundamente o país, e contra o qual a posição liberal e de esquerda convocou manifestações para terça-feira.
O Egito conhece, desde a queda de Hosni Mubarak em fevereiro de 2011, graves dificuldades económicas provocadas em particular pela quebra do turismo e dos investimentos estrangeiros.
Esta crise já levou o governo a tomar medidas de austeridade como uma redução dos subsídios atribuídos ao gás butano e à eletricidade, recorda a agência Mena.
O Egito espera luz verde definitiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) a um pedido de empréstimo de 4,8 mil milhões de dólares para o ajudar a ultrapassar esta situação e para acompanhar medidas destinadas a lutar contra o agravamento do défice orçamental.