A primeira-ministra da Escócia Nicola Sturgeon confirmou, esta quarta-feira, que vai renunciar ao cargo após mais de oito anos como chefe do governo escocês.
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"Hoje estou a anunciar a minha intenção de renunciar como primeira-ministra e líder do meu partido", disse Nicola Sturgeon. "Permanecerei no cargo até que o meu sucessor seja eleito". "A minha decisão vem de um lugar de dever e amor", acrescentou.
Em janeiro, o Governo britânico vetou um projeto-lei que visava facilitar o processo de mudança de género a partir dos 16 anos na Escócia, defendendo a decisão com a "garantia de segurança de mulheres e crianças".
A primeira-ministra da Escócia e líder do SNP, Nicola Sturgeon, considerou esta decisão do Governo do Reino Unido como um "ataque frontal" à autonomia do parlamento escocês.
De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), a decisão de renúncia de Nicola Sturgeon apanhou os analistas políticos de surpresa, apesar da controvérsia em curso sobre a questão da mudança de género.
Sturgeon prometeu levar o Governo britânico aos tribunais por ter bloqueado a lei e argumentou que o Governo conservador do Reino Unido estava a cometer um "erro profundo" ao vetar o Projeto de Lei de Reforma de Reconhecimento de Género.
Aclamado como um marco por ativistas dos direitos dos transgéneros, o projeto de lei permitiria que pessoas com 16 anos ou mais na Escócia mudassem o género nos seus documentos de identidade por autodeclaração, eliminando a necessidade de um diagnóstico médico de disforia de género.
A Escócia faz parte do Reino Unido, mas, como o País de Gales e a Irlanda do Norte, tem seu próprio Governo semiautónomo com amplos poderes sobre áreas como saúde.