O primeiro-ministro da Bélgica admitiu esta segunda-feira a hipótese de avançar para a vacinação obrigatória contra a covid-19 naquele país, frisando, porém, a necessidade de "aprender a viver" com o vírus e que prefere mais "convencer do que impor".
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Alexander De Croo fez estas declarações numa entrevista ao jornal flamengo De Zondag, hoje citada pelas agências internacionais.
"Temos que aprender a viver com o vírus", sublinhou De Croo, advertindo que a onda de infeções que a nova variante ómicron irá provocar "não será a última vaga".
Como tal, o chefe do Governo belga traçou um objetivo claro no combate ao SARS-Cov-2: "Devemos vacinar toda a gente".
"Se a via da vacinação obrigatória pode contribuir para tal, estou pronto a considerá-la", disse, na entrevista, lembrando que será necessário o debate e aprovação pelo parlamento.
Na mesma entrevista, Alexander De Croo acrescentou que o número de camas nos cuidados intensivos deverá ser reforçado.
Na Bélgica, 76% da população já está imunizada com o esquema vacinal completo e cerca de 33% já recebeu a dose de reforço.
Mas, existem diferenças regionais significativas ao nível do processo da vacinação, com Bruxelas a registar uma cobertura de 59%, muito atrás das regiões da Valónia (72%) e da Flandres (81%).
Entre 17 e 23 de dezembro foram realizados 485.978 testes à covid-19 na Bélgica, sendo que 52.500 foram positivos, segundo os dados mais recentes.
A variante ómicron é já responsável por 60% das infeções.